Expurgo: s.m. Liberação de impurezas. Afastamento (de um ou vários indivíduos) de uma coletividade, por questões políticas, doutrinárias, etc. O mesmo que expurgação.
É exatamente nesse processo que me encontro. Ou melhor, preciso estar. Sinto que ando acumulando lixo emocional. Quando pensamentos não positivos, de depreciação e inferiores me assaltam o tempo todo, preciso expurgar. Passar pelo processo de limpeza das impurezas, das minhas impurezas. Hoje percebo que boa parte do meu lixo emocional é produzido e acumulado por mim. E que, numa frequência absurda, resulta numa alucinante enxaqueca. Será que cada episódio de enxaqueca é um processo de expurgação? Não sei. Só sei que me deixa em frangalhos e não é mais assim que quero ficar.
Mas como resolver essa problemática? Como deixar de sentir certos sentimentos? Nessa hora me lembro do filme "Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças", genioso esse filme, complicado de acompanhar, mas depois que vc saca a sua essência, vc deseja do fundo do seu coração a capacidade de apagar todas as memórias que não te fazem feliz. Hoje a minha seleção de memórias desejosas de serem deletadas está ficando cada vez maior. Pessoas, frases, passagens, tudo que hoje reverbera na minha mente e me deixa doente. Mas se não fossem essas memórias, o que seria eu?
Na guerra do Id com o Self não sei a quem apoiar. Como viver com as memórias amargas, com as frases que não deveriam ter sido ditas, ou as mágoas que não deveriam ser sentidas. O mix de sensações que compõem a gente...O velho ser ou não ser, eis a questão.
O fato é que preciso me expurgar, não me sinto pura, não me sinto limpa. Preciso, só não sei como. Só sei que o resultado é mais um episódio de flagelo mental, onde sinto que os meus neurônios se contraem ou liquefazem e nesse ínterim peço, oro, imploro que eu não acabe num estado vegetativo, perdida dentro de mim.
Hoje não é um bom dia...
Esse filme que vc citou é muito interessante... Mas acho que por mais que as lembranças possam apertar um coração e consumir uma alma, jamais teria coragem de me desfazer delas... Elas são tudo o que tenho, me pertencem e ninguém pode tirá-las de mim, por mais dolorosas que possam ser... O duro é aprender a conviver com elas... Ah, lembranças... O que seria de nós sem elas...
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